domingo, 27 de setembro de 2009

SOBRE MICHAEL JACKSON



O ENCONTRO DE MICHAEL JACKSON COM O MENINO JESUS


Para muitas gerações
Michael Jackson brilhou,
Com canções maravilhosas
Que a todo mundo encantou
E no dia que partiu
O mundo todo chorou.

Sua carreira baixou
Porque ele cometeu
Alguns deslizes na vida
E o mundo todo sofreu
Mas com a sua magia
Aos poucos se reergueu

Eu sei que Michael morreu
Como um facho de luz
Mas quando chegou ao céu
Usando um lindo capuz
Perguntou logo a São Pedro:
Cadê Menino Jesus?

São Pedro pegou a cruz
E começou a falar
Antes de entrar no céu
Procure se ajoelhar
Pois pra falar com Jesus
Você precisa rezar

E Michael sem reclamar
Fez algumas orações
Depois perguntou ao Santo
Se ali tinha Mansões,
Uma sala com Cinema
E Parque de Diversões

Michael queria Galpões,
Para poder abrigar
Animais raros, exóticos
Do seu Zoo particular,
Jardins e Quadra de Tênis
Pois gostava de jogar

Ele queria encontrar
Uma Estação de Trem
Muitas Passagens Secretas
E um grande Lago também,
Tudo na maior luxúria
Pois isso Neverland tem

Sempre foi gente do bem
Porém a sua alegria
Era viver só de luxo
Cercado de mordomia
Por isso fez Neverland
“A Ilha da Fantasia”

As coisas que ele pedia
Pareciam esquisitas
E São Pedro respondeu:
Aqui tem coisas bonitas,
Só não existem crianças
Para lhe fazer visitas

Com essas palavras ditas
Michael logo entristeceu
E esperando Jesus
Que lá não apareceu,
Perguntou para São Pedro:
Cadê o Menino, meu?

São Pedro logo entendeu
Que Michael não entendia
Que o Menino Jesus
Ali já não existia
Pois o pequeno menino,
É um homem hoje em dia

Michael naquela agonia
Não parava de rezar
E São Pedro admirado
Escutou ele falar:
Se aqui não tem menino,
Então me deixe voltar!

Aqui é o seu lugar,
São Pedro foi lhe dizendo,
E trate de ficar calmo,
Reze mais, vá se benzendo
Porque Jesus chega já
Mas não quer vê–lo tremendo

Do jeito que estou vendo
Por ser astro popular,
Você não quer ouvir reza
Nem veio se confessar
Quer cantar uma canção
Pra dançar e rebolar

Mas quero lhe avisar
Que agora, daqui pra frente,
Você vai ter que levar
Uma vida diferente
Pois seu reinado acabou
É bom que fique ciente

Se você antigamente
Dançava se requebrando,
Fazia muito sucesso
Dançando bem e cantando
Aqui só fará sucesso
Ficando calmo e rezando


Nisso Jesus foi entrando
De maneira disfarçada
Era um homem moreno
Da pele bem bronzeada
E Michael não percebeu
Por isso não falou nada

Como num conto de fada
Jesus se aproximou
Olhou para Michael Jackson,
E a Pedro perguntou:
Mas não foi um homem negro
Que há pouco tempo chegou?

Nisso Michael se sentou
E começou a falar,
Se o Senhor é Jesus
Eu quero lhe explicar
Eu sou um artista negro
E também sou “Pop Star”

Jesus sem pestanejar
Disse eu vou lhe ser franco
Quando boto cor no homem
O resto da tinta eu tranco,
Se você é homem negro
Como é que morreu branco?

Às vezes até destranco
Mas se houver precisão
E com você não me lembro
De dar essa permissão
Mas se você ficou branco,
Dê-me uma explicação!

Michael Jackson, então
Disse: fiquei a perigo,
Por favor, Jesus entenda,
O que ocorreu comigo
Minha pele foi mesclada
Por causa do vitiligo.

Eu não vou lhe dar castigo
E poço dar-te o perdão
Porque já sei o motivo
Dessa Luva em sua mão
Só quero que você prove
Que tem um bom coração

Minha preocupação,
Deixa uma esperança
Quero que você me diga
“Homem do canto e da dança”
Por que é que você tem
Tanta atração por criança?

Essa é uma cobrança
Que o mundo todo me faz
E eu já sofro com isso
Desde que era rapaz
Mas só durmo com criança
Para me sentir em paz

Eu não sou um “Barrabás”
Como muita gente diz
E com todas as canções
Que na minha vida fiz
Lutei e fiz o que pude
Pra ver o mundo feliz

Por tudo que você diz
Sei que fala a verdade
Porque que eu sendo Jesus
Conheço a sua bondade
Pois eu apenas queria
Ver sua sinceridade

Eu sei a capacidade
E o talento que tens
Por isso agora te dou
Perdão, e meus parabéns
Pois antes de vir a mim
Repartistes os teus bens

Agora aqui obténs
A vida em plenitude
Sem a preocupação
De tratar tua saúde
Porque eu sei que em vida
Foste bom pra juventude

Com essa tua virtude
Sei que és fenomenal
E enorme influência
Para a arte musical
Por isso o mundo te deu
Atenção especial

Com esse teu bom astral
Michael Jackson te digo
Sê bem vindo a esta Casa
E podes contar comigo
Venha me dar um abraço
Meu velho e querido amigo

Lá na terra teu jazigo
Será muito visitado
Em função da tua fama
Serás sempre comentado
Teu Espírito imortal,
Aqui está preservado.

AUTOR: Ismael Gaião







Michael Jackson
Herói ou vilão?


- Peço a força suprema
Que me dê inspiração,
Pra narrar uma história
De um rei da multidão,
Que partiu precocemente
Levando bastante gente
A sentir forte emoção.

– A morte de Michael Jackson
Foi uma triste surpresa,
O mundo todo lamenta
E ainda não há certeza
Da causa de sua morte
Na América do Norte
Há uma grande tristeza.

– Nasceu ele em Indiana
Em 29 de agosto
Cinquenta e oito o ano
Era um garoto disposto
Que gostava de dançar,
Pouco podia brincar,
O pai não fazia seu gosto.

– Começou a cantar cedo
Com 8 anos de idade,
Fazendo muito sucesso
Ali em sua cidade
Era um adulto criança,
Mas que tinha a esperança
De curtir a sua idade.

– Isso nunca ocorreu,
Pois o seu pai não deixava
E o sucesso cada vez
Menos temos lhe restava ,
Se tornou adolescente
Do seu lado muita gente
Cada vez mais trabalhava.

– Do pai nunca recebia
Carinho e compreensão,
Mas pressão para cantar
E fazer a divisão
Cada vez muito maior,
Que dólar era melhor
Do que qualquer diversão.

– A intenção de seu pai
O pop star percebia
Que não entendia o filho,
Mas só dele exigia
Disposição pra cantar
E muito mais faturar,
Dinheiro era o que queria.

– Cresceu assim o menino
Tendo do pai aversão,
Por ser bruto e insensível,
Um homem sem coração.
Muitas vezes ele chorou,
Uma certa vez confessou
Devido à solidão.

– Em sua carreira solo
O sucesso alcançou,
Nas paradas de sucesso
“Off the wall” estourou,
Percorrendo todo o mundo
Tocando a cada segundo,
A fama logo alcançou.

– No ano de oitenta e oito
“Thriller”- disco mais vendido,
Até então não se tinha
Quem tivesse conseguido
Alcançar essa façanha,
Penetrou na Alemanha
Chegando ao Reino Unido.

– Aproveitou-se da fama
Para poder ajudar
Ao povo necessitado,
Procurou ele amparar,
Onde houvesse pobreza
E tratou a natureza
Como se deve tratar.

– Quem não se lembra daquele
Movimento que pedia,
Ajuda para a África
Onde assim ele dizia:
Que “nós somos o mundo”
Oh sentimento profundo
O Rei do Pop sentia!

– Quando esteve no Brasil
Procurou colaborar,
No morro de Santa Marta
Deu seu apoio por lá,
Ficando muito querido,
Quando veio o ocorrido,
Ninguém quis acreditar.

– Ao visitar à Bahia
E no Pelourinho cantar
Junto com o Olodum,
E um clipe ali filmar,
Torna o grupo conhecido,
Desde aquele acontecido
Fez a coisa melhorar.

– Ainda em oitenta e oito
Durante um show simulado
De um comercial da Pepsi,
Seu cabelo é queimado,
Causando uma ferida,
Que mudou a sua vida
E tem o visual mudado.

– Depois a escura pele
Tem a sua cor mudada,
Repercute na imprensa
E é diagnosticada
Como tendo vitiligo,
Diz um médico amigo:
“Pode ser esbranquiçada”.

– Sendo perfeccionista
E não querendo mostrar
As manchas pelo seu corpo
Manda o médico clarear,
Marcas daquela doença,
Pois era a sua crença,
Seu porte belo mostrar.

– Durante sua trajetória,
O astro foi acusado
De um caso com um garoto
E dele ter abusado,
Falou-se de um acordo feito
Sendo assim para o direito
O processo é arquivado.


– Num cenário conturbado
Assim mesmo é o primeiro
Ao lançar o álbum “Bad”
Alcança o mundo inteiro,
Cada vez mais conhecido,
Mas é muito perseguido
Pelo público fofoqueiro.

– Devido ao grande sucesso
Foi muito assediado
Por qualquer deslize seu
Era sempre criticado,
A imprensa atacava
O Rei se distanciava
Ficando muito estressado.

– Por isso cada vez mais
Era triste e tinha tédio,
Mudou-se para o Barein
Lá no Oriente Médio,
Por lá tentou descansar
Para depois poder voltar
Evitando o assédio.

– Durante esse período
Viaja a várias cidades,
Procurando ajudar,
Havendo possibilidades
Nunca media distância,
Ele não tinha ganância
E fez muitas caridades.

– O dia de sua morte
Vai ficar sempre lembrado,
Vinte e cinco de julho
Ficará memorizado,
Do ano dois mil e nove
Todo o mundo se comove,
Mas deixa o seu legado!

– Era uma tarde bela,
Mas logo ficou cinzenta,
Quando o coração parou
Ele só tinha cinquenta
E alguns meses de idade,
Partiu pra posteridade
E a Deus se apresenta.


– Os seus fãs todos lamentam
Mas há uma suposição
Que o herói não morreu,
Pois houve uma aparição
Dele vivo em outra terra
E foi lá da Inglaterra
Que veio a informação.

– Mas será mesmo verdade
Que o ídolo não morreu?
Ele queria era medir
Todo o sucesso seu
E se o povo lhe amava
Isso ele planejava
A volta do apogeu?

– Pra muitos foi um herói
E um artista completo,
Que vai fazer muita falta
A pai, a filho e a neto.
Digo com muita franqueza
Michael com toda certeza
Merece o nosso afeto.

– Para outros desagradava
Por boatos que corria
De abusar de crianças
Que chamam pedofilia,
Mas por isso foi julgado
Sendo logo inocentado,
Pois prova não existia.

– Segundo Tony Bellotto,
Num artigo que escreveu
“ Michael não era do mundo
Nem o mundo lhe entendeu
Por isso houve conflito,
Agora Michael é um mito
Ficou o sucesso seu”.

– Se morreu ou está vivo?
Eu não quero opinar
Se foi herói ou vilão?
O leitor pode falar
E dar sua opinião,
Não digo sim e nem não
Aqui quero me isentar.


– Por isso, caro leitor
Você pode analisar
Toda essa trajetória
E poder melhor julgar,
Se foi herói ou vilão,
É a sua decisão
Sobre esse Pop Star.

autor: Professor João Maria de Medeiros

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

POEMAS DE ROGÉRIO ALMEIDA



Rogério Almeida é um nordestino simpático e de inteligência rara que reside fora do Brasil. Ama a cultura nordestina e tudo que tem a ver com nossa gente.

Abaixo, dois poemas de sua autoria:

Prece do amigo amante
(A Esther Schindler)

Divindade deste campo
De lajedo e espinho em riste
Anuncia a forte chuva
Que sobre este chão de agrura
Há de um dia despejar
O alento em densos favos
Pra este ser que agora é triste
E pra tudo o mais que purga
A tremenda desventura
Do aceno que brandiste
Para nunca mais voltar

Vem vertendo seiva farta
Percutindo a rama parca
Transformando poça em mar
Vem sulcando a terra escura
Feito o sangue da tortura
Que é não poder te enxergar
Desce e corre seus caminhos
Revolvendo qual moinho
Pedra, galho e meu penar
E com cega violência
Não terá também clemência
Da lembrança que é tão má
De viver em tua ausência
Que na infinda estiagem
A paisagem seca e morta
Do vazio desta alcova
Não fartou-se de habitar

Divindade mais serena
Cuja mão tão diligente
O arquejo de meu peito
Veio um dia apaziguar
Sopra a bênção de teus lábios
Que afugente maus presságios
Desde o topo deste altar
Pra que o fogo arrefeça
Deste ferro em carne viva
Deste sol a causticar
E o adágio da jornada
Em allegro se converta
Ao sentir-lhe o leve toque
Qual prenúncio do regresso
Antes mesmo que amanheça
E dos sonhos o recesso
Venha o termo decretar


Ave, deusa deste monte
Deita ao vale teu olhar
Vê quão torpe é esta vida
E convulso o meu amar
Vê que atroz é a desdita
Da ternura desmedida
E de contra ti pecar
Toma a prece que te elevo
Tem piedade deste cego
Que não cansa de chorar
Pois além de teu afago
Nada há que possa o fardo
Destes ombros mitigar
Continua, te imploro
Neste monte que é teu lar
Sê de mim o cais noturno
Onde possa em sono augusto
À tua face repousar

Musa sacra sob o manto
De pinheiro, neve e vinha
Despe o véu de teu reinado
Faz desabrochar teu canto
Nesta língua que é tão minha
Rasga o pano que te cobre
Mostra os seios teus em chama
Geme o doce devaneio
Do que de desejo sofre
Do que humanamente ama
E concede a este pobre
O milagre de um dia
Ser além daquele norte
Em revelação tardia
Por teu beijo arrebatado
E sem dúvida ou pecado
Possuir-te em agonia.

Ranger de dentes

Que faço, mulher, das noites quietas
imersas em vinho
velando o silêncio
de quem já não sabe
se há algo além
de tanto chorar
de tanto carinho?

Que faço também
dos dias em trevas
mais graves que os ventos
de toda poesia
que açoitam valentes
as velas infladas
de tanta agonia?

Que faço, ainda, de todo este mofo
que faço
suplico
do fátuo fogo
que exausto declina
o ardente convite
à vida que brinda?

Que faço, mulher, que faço afinal
de todo este frio
que nunca esvaece
que é lâmina e fende
a carne tão frouxa
de quem já não move
a face indolente
em seu desvario?

Que faço, me diga, que faço de todos
que incautos caminham
ao léu e sem fim
às costas o berço
à frente o cerzir
do féretro estreito
em que se há de tornar
ao eterno porvir?

Que faço, mulher, e que faço de mim
aquele que espera
da alma despido
sem dor e sem medo
que não o de ser
sem ti condenado
ao eterno degredo?

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